Sua imagem quase andrógina, magérrima, pequena, com cabelos loiros muito curtos e imensos olhos realçados com camadas de rímel e cílios postiços, tornaram Twiggy o ícone dos anos 60.

Na linha evolutiva das modelos, Twiggy é uma ancestral de Kate Moss. Da mesma linhagem, diga-se. Ambas são britânicas e ficaram conhecidas pela magreza e
pela aparência quase andrógina. A vovó das supermodelos tinha 1,68 e pesava 43 quilos, em 1966, quando deu os primeiros (e leves) passos da carreira. Twiggy foi o primeiro indivíduo da espécie topmodel. 
Antes dela, as manequins eram tratadas como gado. É só lembrar da antológica cena do filme Blow up, de Antonioni, em que o fotógrafo vivido pelo ator David Hemmings literalmente enxota as modelos do estúdio.Pequenina, com cabelo supercurto e os cílios postiços emplastrados de rímel, Twiggy era magra como um graveto. Aliás, o apelido da menina que nasceu Lesley Hornby quer dizer isso mesmo: graveto.Não seria exagero dizer que ela ajudou a instaurar um novo padrão de beleza no mundo da moda. O padrão-cabide. Uma escassez desesperadora de derrières, comissões de frente e coxas.Felizmente o padrão oscilou na era da cheinha Cindy Crawford, no fim da década de 80, e recebeu outro duro golpe com o aparecimento de Gisele Bündchen, súmula da beleza de seu tempo.

A própria Twiggy, casada com o ator Leigh Lawson desde 83, é hoje uma bela mulher de quase 60 anos e uns bons quilinhos a mais.Twiggy foi símbolo de um tempo de grande produção cultural na Europa e nos EUA, ganhou as capas das principais revistas de moda e foi clicada pelos melhores fotógrafos de seu tempo.Foi cortejada pelos bacanas do jet-set nova-iorquino e virou marca de brinquedos, jogos, canetas, cílios postiços e, claro, cabides. Ela queria ser atriz e cantora. Era um objetivo de vida. Alguém bem que poderia tê-la demovido das pretensões artísticas, mas o instinto levou-a a apostar todas as fichas na múltipla carreira. Foi um salto de peito aberto para obscuridade.. (font: EPIMENTA)